Os absurdos do poder encenados de forma cômica dão vida ao espetáculo que traz Augusto Marin, como Pai Ubu, e a atriz Esther Góes, como Mãe Ubu
Os absurdos do poder encenados de forma cômica dão vida ao espetáculo que traz Augusto Marin, como Pai Ubu, e a atriz Esther Góes, como Mãe Ubu
Em janeiro de 2024, nos dias 6, 13, 20 e 27, sábados, às 21h, entra em cartaz a comédia Ubu Rei, montagem da Commune, no Teatro Mooca, no Mooca Plaza Shopping. O texto é baseado na obra de Alfred Jarry, com direção de Armando Liguori Júnior, tradução e concepção de Augusto Marin. Ingressos a partir de R$ 40,00.
No elenco, Esther Góes, Augusto Marin, Fabricio Garelli, Natalia Albuk, Armando Liguori, Paulo Dantas, Juliano Dip, Samara Montalvão e Ricardo Sequeira.
A ação passa-se na Polônia, ou seja, em lugar nenhum, como o próprio Jarry afirmou na apresentação da peça.
Sinopse: Ubu é um personagem monstruoso, despótico, corrupto e sem escrúpulos e homem da confiança do Rei. Manipulado pela esposa, assassina o Rei Venceslau e usurpa o trono polonês. Em seguida mata os nobres, juízes e os financistas e trai seus próprios apoiadores. Qualquer semelhança com Macbeth, de Shakespeare, não é mera coincidência! Exercendo o poder de forma brutal e sanguinária ao longo de uma sucessão de episódios essencialmente absurdos, a sua política vai-se revelando catastrófica. Ubu na ânsia de dominar o mundo, vai à guerra e perde para os Russos e os Poloneses.
Mais atual do que nunca, o texto mostra como a ganância e a vaidade exacerbada são capazes de motivar a tomada do poder. Qualquer semelhança com Macbeth, de Shakespeare, não é mera coincidência!
Ao chegar ao trono, Ubu se torna um tirano sanguinário, mas ingênuo e despreparado, o que leva a plateia ao riso. Essa é uma das principais características do trabalho de Alfred Jarry: encenar uma farsa que conduz à gargalhada diante da estupidez humana ao supor uma superioridade diante dos demais.
Ubu não é uma figura composta nos moldes tradicionais, mas uma espécie de síntese animada de rapacidade, crueldade, estupidez, glutonaria, covardia e vulgaridade. Com se o dramaturgo depurasse e, em seguida, ampliasse os perfis humanos mais perversos com uma lente paródica, para devolver ao espectador seu duplo monstruoso.
É uma tragicomédia absurda, que já circulou por diversas cidades do interior de São Paulo e do Brasil tendo sido visto por mais de 70 mil pessoas.
Sobre a Commune – A Commune é uma companhia teatral, fundada em 2003, que desenvolve pesquisa, produção, formação e intercambio teatral, tendo recebido diversos prêmios e se apresentado em Portugal e na Argentina. Seu repertório inclui: Nem Todo Ladrão vem para Roubar, de Dario Fo, Na Cama com Molière, baseado em O Doente Imaginário, e Otelo, de Shakespeare, ambos com direção de John Mowat, Anti Comics, uma paródia dos Super Heróis, de Sonia Daniel (coprodução internacional com apoio do IBERESCENA). Desde 2005, é um Ponto de Cultura e desenvolve o Projeto Teatro Cidadão, que já formou mais de 1.500 jovens através de oficinas e da montagem de espetáculos.
Ficha Técnica
Direção Geral: Armando Liguori Júnior
Tradução e Concepção: Augusto Marin
Elenco: Esther Góes, Augusto Marin, Fabricio Garelli, Natalia Albuk, Armando Liguori, Paulo Dantas, Juliano Dip, Samara Montalvão e Ricardo Sequeira
Fotografia: Luiz Aureo, Bianca Vasconcelos, Francielle Arantes e Claudiones Frateschi
Diretor de Produção: Luciane Ortiz e Augusto Marin
Direção Musical: Sérvulo Augusto
Diretor de Movimentos – Doria Gark
Cenários: Paulo Dantas
Figurinos: Aline Barbosa
Adereços: Nani Catta Preta
Design e Operação de Luz: Andre Lemes
Operação de Som: Anderval Areias
Programação Visual e Designer: Rony Costa
Assessoria de Imprensa: Miriam Bemelmans
Realização: Commune
Serviço:
Ubu Rei
Dias 6, 13, 20 e 27 de janeiro de 2024
Horário: Sábados, às 21h
Teatro Mooca
Mooca Plaza Shopping
Rua Capitão Pacheco e Chaves, 313
Zona Leste, São Paulo – São Paulo
Capacidade: 250 lugares
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Ingressos a partir de R$ 40,00