Concertos no MASP e na Sala São Paulo, nos dias 01 e 02 de novembro, apresentam uma viagem sonora pela riqueza rítmica e melódica do país, com participação do pianista Paulo Braga; repertório inclui obras de Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, César Camargo Mariano e do próprio Braga
A Orquestra Tom Jobim, grupo ligado à Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela Santa Marcelina Cultura, apresenta no MASP e na Sala São Paulo, nos dias 01 e 02 de novembro, às 18h e às 11h, respectivamente, o concerto Piano Brasileiro. No MASP, os ingressos variam entre R$ 26 (meia) e R$ 52 (inteira), já na Sala São Paulo a entrada é gratuita.
Sob a regência de Nelson Ayres e Tiago Costa, o programa valoriza a importância do piano na música brasileira e conduz o público a uma viagem sonora pela riqueza rítmica e melódica do país. As apresentações terão participação do pianista Paulo Braga, com repertório que une tradição e inovação, lirismo e virtuosismo, celebrando o piano como expressão viva da identidade musical nacional.
Com arranjos especialmente produzidos para a Orquestra Tom Jobim, o programa abre com as peças Suíte Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento, e Corta Jaca, de Chiquinha Gonzaga. Após, serão interpretadas composições de Paulo Braga, como Nhonhô da Butica, Cabeça de Melão e Ô Lugar!.
Na sequência, o grupo executa as obras Apanhei-te Cavaquinho, de Ernesto Nazareth, Sete Anéis, de Egberto Gismonti e Yatra-Tá, de Tânia Maria. Os concertos serão encerrados com Camundongas, de Laércio de Freitas e Samambaia, de César Camargo Mariano.
SERVIÇO
ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM
Piano Brasileiro
Orquestra Jovem Tom Jobim
Nelson Ayres, regência
Tiago Costa, regência
Paulo Braga, piano
MILTON NASCIMENTO (1942 -)
Suíte Milagre dos Peixes [arr. Nelson Ayres] – 6′
CHIQUINHA GONZAGA (1847 – 1935)
Corta Jaca [arr. Tiago Costa] – 5’
PAULO BRAGA (1963-)
Nhonhô da Butica [arr. Tiago Costa] – 6’
PAULO BRAGA (1963-)
Cabeça de Melão [arr. Nelson Ayres] – 6’
PAULO BRAGA (1963-)
Ô Lugar! [arr. Nelson Ayres] – 5’
ERNESTO NAZARETH (1863 – 1934)
Apanhei-te Cavaquinho [arr. Tiago Costa] – 4’
EGBERTO GISMONTI (1947 -)
Sete Anéis [arr. Rodrigo Morte] – 5’
TÂNIA MARIA (1948 -)
Yatra-Tá [arr. Tiago Costa] – 4’
LAÉRCIO DE FREITAS (1941 – 2024)
Camundongas [arr. Tiago Costa] – 4’
CÉSAR CAMARGO MARIANO (1943 -)
Samambaia [arr. Nelson Ayres] – 4’
Concertos: 01 de novembro, sábado, 18h, MASP (auditório)
Ingressos: R$ 26 (meia) e R$ 52 (inteira)
02 de novembro, domingo, 11h, Sala São Paulo
Entrada franca
Duração: 1h30min
Classificação Livre
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Nelson Ayres, regência
Iniciou seus estudos musicais com Paul Urbach entre os anos de 1959 e 1962. Foi aluno ainda de Luís Schiavo (1963-1965) e Conrad Bernhard (1966-1967). Sendo professor e diretor do Centro de Desenvolvimento Artístico, de São Paulo, de 1966 a 1969. No mesmo ano, fez o curso de regência com Diogo Pacheco e viajou para os EUA para estudar na Berklee School of Music (Boston), sendo o primeiro brasileiro a receber bolsa para a renomada escola de música. Ainda nos Estados Unidos, estudou piano com Margareth Chaloff e composição com John Adams. Em 1985, foi co-realizador do “Projeto Prisma” (disco e show) com César Camargo Mariano, realizando turnês de dois anos pelo Brasil. Em 1985, a convite de César Camargo Mariano, participou do projeto Prisma. Sete anos depois, o pianista assumiu a regência e a direção artística da Orquestra Jazz Sinfônica, função que ocupou por nove anos.
Tiago Costa, regência
Pianista, compositor e arranjador vêm transitando entre a música instrumental, a canção e a música orquestral. Ganhou destaque como arranjador e teve suas peças gravadas dentro e fora do Brasil com obras registradas pela OSESP e Orquestra Jazz Sinfônica. Trabalhou ao lado de inúmeros artistas de primeira grandeza da música brasileira como Maria Rita, Zizi Possi, Chico Pinheiro, Gilberto Gil, Ivan Lins e Monica Salmaso, tendo já se apresentado nos cinco continentes.
ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM
Dedicada especialmente à música popular brasileira orquestral, a Orquestra Jovem Tom Jobim tem uma sonoridade particular. Ao mesmo tempo em que se insere na tradição das orquestras de rádio e TV, também tem características muito peculiares e recentes. Além do jogo de cintura e polivalência dos grupos de antigamente, a Tom Jobim tem uma face contemporânea, fruto de um repertório formado majoritariamente por arranjos concebidos especialmente para o grupo. No palco, alia-se a potência e expressividade de uma orquestra sinfônica (com naipes de cordas, madeiras e metais), à força e energia da seção rítmica (piano, contrabaixo elétrico, guitarra, bateria e percussão). Dessa união, carregada de vitalidade, resulta um som distinto, uma pronúncia tipicamente brasileira da música de concerto. Criado em 2001, durante o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o grupo de difusão e formação musical da EMESP Tom Jobim, instituição da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura, possibilita vivência orquestral erudita e popular aos bolsistas, por meio do resgate de obras tradicionais de grandes compositores nacionais, com especial dedicação à obra de Tom Jobim, além de pesquisa e experimentação musical. Toda sua programação, da escolha de repertório à dinâmica de ensaios, é realizada pensando na formação dos bolsistas. Os jovens músicos ensaiam e se apresentam com os solistas convidados, e usufruem de um rico intercâmbio de conhecimentos e vivências. A experiência completa – ensaios de alta intensidade, aulas com convidados que são referência em sua área, e exploração de um repertório versátil e inovador – proporcionam aos jovens músicos não apenas um aprimoramento técnico e estilístico, mas um conhecimento profundo do fazer musical.
ESCOLA DE MÚSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – EMESP TOM JOBIM
Referência no ensino brasileiro de música, a EMESP Tom Jobim é uma escola do Governo do Estado de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura, Organização Social parceira da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Atende gratuitamente cerca de 2.000 alunas e alunos em seus cursos e habilitações em música popular e erudita, da teoria à prática musical. Em 2024, a EMESP Tom Jobim comemorou 35 anos de atuação. A Escola tem como objetivo a formação dos futuros profissionais da música erudita e popular. Com um corpo docente altamente qualificado, a EMESP Tom Jobim vem construindo um projeto pedagógico inovador, com foco no ensino de instrumento, no convívio dos alunos com grandes mestres e nas práticas coletivas (música de câmara e prática de conjunto), além de disciplinas teóricas de apoio. Em constante diálogo com as principais instituições de formação musical do Brasil e do mundo, a EMESP Tom Jobim oferece a cada ano centenas de shows, concertos, workshops e master classes. A EMESP Tom Jobim mantém um eixo de difusão artística complementar às atividades de formação com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e criar uma ponte entre o aprendizado e a profissionalização, além de fomentar a formação de público e a difusão da música em todas as modalidades. A Escola mantém os grupos artísticos: Banda Sinfônica Jovem do Estado, Coral Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Estado e Orquestra Jovem Tom Jobim que oferecem bolsas para as alunas e os alunos da Escola.
SANTA MARCELINA CULTURA
Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas que atua com a missão de formar pessoas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Guri, da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) e do Theatro São Pedro. O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. No Theatro São Pedro, a Santa Marcelina Cultura desenvolve um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.
Redação NordestinosPaulistanos – Leanderson Amorim
Por Julian Schumacher
Foto: Concerto da Orquestra Tom Jobim no Theatro São Pedro. Crédito: Robs Borges











